Somando.


Sempre fugi das convenções. Tinha como lema que legal é remar contra a maré.Entendia que dessa maneira iria viver minha vida diferente da vida que é pré estabelecida pelas pessoas.Pulei várias convenções para me tornar diferente.E ainda bem ,fui feliz.Tive algumas batidas de cabeça,mas quem não teve?Afinal, estava vivendo a vida da maneira que sonhei pra mim. Ah, mas o amor, ele te pega. Você foge, você se esquiva ,você finge que não vê, mas não adianta. Ele quer viver da maneira que nasceu pra ser vivido. O amor quer fincar raízes, quer ter sobrenome. Quer dormir juntinho todo dia. Acreditei que conseguiria ter minha casa só pra mim. Meu banheiro soberano, com os inúmeros cremes, maquiagens e perfumes em cima de uma bancada, sem a preocupação de abrir espaço para um único creme de barbear. Os armários entupidos de roupas e sapatos que serão usados algum dia, tiveram que ganhar espaço para abrigar algumas belas e bem cortadas camisas masculinas. O medo é imenso.O desespero vem de vez em quando. Como ensinar a uma pessoa que viveu só, durante a vida, que ela agora precisa abrir espaço? E não se trata de abrir espaço apenas nos armários.Trata-se de abrir espaço em sua alma. Abrir espaço em sua solidão. E então, quando olho para o meu Amor, com seus olhos verdadeiros, com sua intenção genuína de felicidade, me lembro que já se passaram 10 anos. E dez anos já são mais que suficientes para se ter certeza.Tempo suficiente para saber que posso continuar a apostar nessa vida conjunta.Então, me rendi. E então a ficha finalmente caiu.Agora faço parte do time das mulheres oficialmente casadas.

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